A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou ter pedido à AstraZeneca alterações na bula da vacina de Oxford, que também é produzida no Brasil pela Fiocruz. A medida foi tomada após comunicado de agência europeia sobre coágulos sanguíneos que podem estar associados à vacina.
O objetivo é incluir uma advertência sobre possíveis casos, os quais, ao serem relatados em alguns países da Europa, foram considerados muito raros. Agências locais, porém, têm frisado a continuidade de recomendação de uso da vacina, já que os registros são muito baixos frente ao total de doses aplicadas.
Em razão disso, a Anvisa reforçou, em comunicado emitido nesta quarta-feira (7), a continuidade de aplicação do imunizante de Oxford. "Até o momento, os benefícios superam os riscos", asseverou a agência, em conformidade com a agência europeia, ressaltando que as ocorrências de coágulos são "extremamente raras". "A vacinação é efetiva na prevenção da Covid-19, reduzindo o risco de hospitalizações e mortes", completa.
ALTERAÇÃO NA BULA
Conforme a Anvisa, a alteração na bula deve ser incluída no item "Advertências e precauções". O intuito é frisar o alerta, principalmente a profissionais de saúde.
A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) divulgou mais cedo que passou a considerar acidentes vasculares raros relatados em pessoas que tomaram a vacina de Oxford/AstraZeneca como um "efeito colateral possível" do imunizante.
A agência europeia, em consonância, frisou a recomendação de que o produto continue a ser usado para prevenção de casos graves de Covid-19 e mortes provocadas pelo novo coronavírus, uma vez que os benefícios superam largamente os riscos do efeito colateral.
Em geral, o registro e a investigação de possíveis casos suspeitos de eventos adversos é comum a vacinas e medicamentos, e intensificada sobretudo quando há produtos novos, como as vacinas contra a Covid-19.
No Brasil, os casos são registrados no VigiMed e seguem para investigação.
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